Uma breve discussão sobre estratégias e processos de dispersão em Ostracoda
Abstract
A classe Ostracoda constitui um grupo de pequenos crustáceos que se caracterizam por possuir o corpo completamente envolvido por uma carapaça bivalve secretada pela epiderme. Suas carapaças são comumente preservadas em sedimentos e possuem excelente potencial como indicadores paleoambientais e estratigráficos. Os ostracodes ocupam os mais diferentes habitats aquáticos e terrestres úmidos. Diferentes mecanismos de dispersão são utilizados por este grupo em relação ao ambiente em que se encontram. O foco da discussão deste trabalho estará nos modos de dispersão passiva e nos seus possíveis agentes influenciadores. Ostracodes não-marinhos possuem várias estratégias relacionadas ao stress ambiental dos corpos d’água continentais, como por exemplo a partenogênese e a resistência dos ovos à dessecação. As estratégias para espécies marinhas ainda não estão bem documentadas experimentalmente, mas algumas evidências são resgatadas, bem como a influência do homem na introdução não-intencional de espécies. Neste trabalho é apresentada uma nova possibilidade de foresia para a dispersão dos ostracodes marinhos, por meio de tartarugas.
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