Alteridade e estranhamento: a figura do “novo negro” na imigração italiana no Brasil

Autores

  • Luís Fernando Beneduzi Università Ca Foscari di Venezia

Palavras-chave:

imigração italiana, biopoder, subalternidade

Resumo

 O processo imigratório no Brasilé complexo, pois envolve diferentesexperiências de ocupação territorial:urbano-rural, formação de pequenaspropriedades agrícolas-trabalho“assalariado”. Neste artigo, o objetivocentral é analisar algumas dinâmicasraciais que envolveram a importação demão de obra italiana, pelos produtoresde café do Estado de São Paulo, nas duasúltimas décadas do século XIX, com ointuito de substituir a população escrava.A presente discussão leva em consideraçãoque, como leitura do social, as formas deidentificação são estruturadas emconsonância com representações culturaisconstruídas pela sociedade que as utiliza.Nesse sentido, em final do século XIX,observa-se a dissociação de dois termosapresentados como sinônimos no períodoimperial brasileiro: negro-escravo.Durante a mudança conceitual,persistindo todavia o binômio, os italianosque chegaram do além-mar, vindos parasubstituir o trabalhador escravo, forampercebidos pelos proprietários, em umprimeiro momento, como parte dessaassociação negativa, experimentando asconsequências do biopoder.

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Como Citar

Beneduzi, L. F. (2015). Alteridade e estranhamento: a figura do “novo negro” na imigração italiana no Brasil. MÉTIS: HISTÓRIA & CULTURA, 14(27). Recuperado de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/metis/article/view/3872

Edição

Seção

Dossiê