Dos fins da política e da religião: o pensamento anchietano e sua apropriação pelo regime militar
Palabras clave:
Anchieta, regime militar, memóriaResumen
Desde a morte de Pe. José de Anchieta, em 1597, biógrafos e historiadores têm procurado ressaltar a importância desse missionário jesuíta na formação religiosa e moral do povo brasileiro. As motivações para a instituição, em 1965, do “Dia de Anchieta”, no entanto, constitui tema ainda não abordado pela historiografia, o que justifica uma incursão analítica em discursos e conferências que fundamentaram o processo de sua instituição e que se encontram reunidos na Coletânea Anchietana. As estratégias discursivas perceptíveis tanto no processo de construção de uma “memória” sobre Anchieta, através do incremento da produção de biografias, como na apropriação do pensamento anchietano sobre os fins da política e da religião pelo regime militar são o tema deste artigo.