A América Latina como uma “nação de repúblicas”: a utopia bolivariana no pensamento político de Carlos Quijano
Resumen
Este artigo tem como objetivo analisar o pensamento político de Carlos Quijano, diretor do prestigioso semanário Marcha, fundado em 1939 e fechado em 1974 após o golpe militar uruguaio. Quijano defendeu com entusiasmo a integração da América Latina, uma "nação de repúblicas", projeto histórico encarnado na utopia bolivariana. No exílio, manteve as mesmas ideias que defendeu no Uruguai como "intelectual público", entre elas, o socialismo democrático enraizado em modelos nacionais. Dissidente do Partido Nacional, particularmente da sua fração social-democrata, criou nas revistas culturais um novo modo de fazer política. Tributário das ideias de José Enrique Rodó, Quijano deixou no periodismo político-cultural uma marca de independência crítica.