Porto Novo: a idealização de um reino jesuítico no Oeste de Santa Catarina

Autores/as

  • Paulino Eidt UNOESC

Palabras clave:

Porto Novo. Identidade.

Resumen

Este artigo teve como propósito  analisar a teia de relações culturais, econômicas e sociais que teceu a vida dos alemães do projeto “Porto Novo” (atualmente os municípios de Itapiranga, São João do Oeste e Tunápolis), fundado pela Companhia de Jesus, em 1926, no Extremo Oeste de Santa Catarina. A demarcação de um território cativo de 583 quilômetros quadrados, em meio ao espaço natural, objetivou a formação de cristãos perfeitos para a vida econômica, social e cultural. O projeto religioso, organizado com base na vida comunitária, além dos aspectos subjetivos apresentou soluções para problemas coletivos, entre os quais a saúde, educação e trabalho. A presente escritura, produzida a partir de uma base teórica e da pesquisa documental, mostra que o caráter coletivo e comunitário do projeto “Porto Novo” foi a opção encontrada pelos seus idealizadores para a reprodução da família camponesa. Nesse entendimento, reconhecemos que algumas propostas coletivistas produziram (e produzem) violência e intolerância com a diferença e a alteridade, culminando na produção de regimes totalitários e governos tirânicos, como bem retratados por Haesbaert (2014), Bauman (2003), Agamben (2006) e Touraine (1997). Enfim, trataremos o projeto “Porto Novo” no sentido de pertencimento cultural e enraizamento sócio-histórico.

Cómo citar

Eidt, P. (2016). Porto Novo: a idealização de um reino jesuítico no Oeste de Santa Catarina. MÉTIS: HISTÓRIA & CULTURA, 14(28). Recuperado a partir de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/metis/article/view/4224