Nada sobre nós, sem nós: O protagonismo da pessoa cega no processo de elaboração de roteiros de audiodescrição
Palavras-chave:
Cinema. Audiodescrição. Consultoria. Espectador. Emancipação.Resumo
O presente artigo é fruto de uma pesquisa realizada em parceria com o Laboratório de Audiodescrição da Universidade Federal Fluminense que vem concentrando suas ações na promoção de uma estética de audiodescrição que contemple as insatisfações do público cego e com baixa visão frente aos atuais roteiros cinematográficos de Audiodescrição (AD). A proposta procurou problematizar as tradicionais técnicas de AD vigentes no mercado, valorizando a importância da consultoria com pessoas cegas no processo de produção de tradução de imagens. Nossos resultados apontaram que a prática de uma consultoria continuada como processo de criação de ADs possibilita ao usuário, uma relação criadora de sentidos próprios com as imagens, tornando-os “espectadores emancipados” (RANCIERE, 2017) em relação às imagens. Tomamos como princípio teórico/filosófico “a tarefa do tradutor” de Walter Benjamin e como metodologia optamos pela cartografia que nos possibilitou um caráter participativo reafirmando a potência da pesquisa-intervenção em trabalhos que assumem a relevância da subjetividade humana.
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