As mulheres da Bauhaus e da Escola de Ulm (HfG-Ulm):

uma história de invisibilidades

Resumen

O artigo apresenta um recorte de uma tese de doutorado desenvolvida no programa de pós-graduação em Design da Universidade do Estado de Minas Gerais e tem como principal objetivo discutir a questão de gênero que considera a presença das mulheres na Bauhaus e na Escola de Ulm (HfG-Ulm) à época de sua existência. Embora ambas as escolas fossem que se identificavam como progressistas, apenas a HfG-Ulm apontou para a igualdade de oportunidades para homens e mulheres. Sabendo-se da difícil tarefa de identificar todas as mulheres que fizeram parte dessa história, foi realizada uma pesquisa bibliográfica e documental em fontes científicas diversas com o intuito de conhecer e evidenciar o maior número de mulheres que ainda se encontram invisibilizadas sob as diversas camadas da história do design. Para tanto, foram consultadas 5 publicações em inglês e 3 em espanhol que tratam da questão feminina no design, o que trouxe como resultados a identificação das principais diferenças nas possibilidades de estudos e carreiras para ambos os sexos nas escolas e, também, de nomes de mulheres até então pouco citados em literaturas clássicas da área, isso quando o são, seja pelo fato de serem mulheres e carregarem o estigma de que suas produções eram demasiado decorativas, seja pelos impedimentos sofridos no ambiente acadêmico ou limitações impostas pelo mercado de trabalho da época, o que por vezes culminou em mudanças de trajetória na vida dessas mulheres.