Solvitur ambulando em "A arte de andar nas ruas do Rio de Janeiro", de Rubem Fonseca
Palavras-chave:
A arte de andar nas ruas do Rio de Janeiro, literatura e cidade, deslocamentos urbanos, performatividade e ato estéticoResumo
Este escrito propõe uma análise de “A arte de andar nas ruas do Rio de Janeiro”, conto de Rubem Fonseca (1992), ao descortinar a narrativa de Augusto, personagem-escritor-andarilho que percorre as ruas do centro do Rio de Janeiro no intuito de escrever seu primeiro livro, o qual deverá ter o mesmo título do conto. A partir de uma leitura da cidade moderna/contemporânea enquanto um complexo de signos e um emaranhado de existências, buscamos perceber de que maneira os deslocamentos do personagem-andarilho são uma ação performativa de leitura e escrita da cidade e de si, desvelando sentidos e interseccionando um jogo narrativo que potencializa subjetividades e alteridades, distanciamentos e aproximações.