O Quintana que (quase) ninguém viu
Resumo
O presente artigo visa colaborar nas discussões contemporâneas sobre literatura de jornal e sistema literário, propiciando estudar a produção de Mario Quintana desde as revistas Ibirapuitan (1938-1939) e Província de São Pedro (1945, 1946, 1952), até a formatação no livro Espelho mágico (1951) e posteriores edições dessa obra literária. Para tanto, investigamos os vínculos memória-esquecimento, a partir das poesias editadas nos periódicos citados, mas que depois não seriam publicadas. Visando atingir os objetivos propostos, realizamos leituras sobre vida e obra de Quintana, estudamos a Edótica, Crítica Textual e Genética Textual. Após, confrontamos as teorias estudadas com o material coletado em Ibirapuitan, procurando concluir sobre a história editorial do poeta. Elegendo como texto-base a primeira edição de Espelho mágico, concluímos que 82 quartetos de Quintana foram editados em Ibirapuitan, 65 dos quais, efetivamente seriam mais tarde publicados em Espelho mágico, ao passo que 17 deles nunca mais receberam edição. Assim, procuramos resgatar esses textos inéditos por quase 70 anos, auxiliando na revisão da história editorial de Quintana.