O problema da morte na poesia de Teixeira de Pascoaes
Palavras-chave:
Morte. Finitude. Existência. Poesia. Filosofia.Resumo
Neste artigo, propomos investigar o tema da morte na poesia de Teixeira de Pascoaes. Tendo em conta sua vasta obra, compreendo cinco décadas de produção literária, entre o verso e a prosa (filosófica), tomaremos como objeto de análise a obra O Doido e a Morte, de 1913, com o objetivo de argumentar que a finitude existencial na obra de Pascoaes põe em relevo menos uma dialética da morte e mais uma “coincidentia oppositorum” entre morte e vida, fazendo do tema uma das principais linhas de força de seu pensamento poético-filosófico. Com isto, será necessário situar nossa investigação em um espaço de “entremeio”, entre a Filosofia e a Literatura, que nos auxilia a delimitar uma hermenêutica filosófico-literária da morte em Pascoaes. Espera-se, portanto, demonstrar o cariz ontológico presente na poesia deste autor que se firma como um dos nomes mais significativos da literatura portuguesa do século XX.