O poder das bruxas: alegoria patriarcal

Autores

Palavras-chave:

Bruxa. Alegoria. Patriarcal

Resumo

O objetivo deste artigo é refletir sobre a caracterização das mulheres como seres diabólicos e perversos, com base em suas representações ficcionais como bruxas, destacando o aspecto físico horrível das personagens, adornadas por amuletos, roupas e padrões de conduta que as empoderam e as emprestam conotações simbólicas que as afastam das mulheres comuns. A linha desenvolvida por este trabalho propõe ler a figura da bruxa na literatura como uma alegoria, um mecanismo ficcional que controla ideias e comportamentos direcionados às mulheres pelo sistema patriarcal. Com base nos pensamentos teóricos de Angus Fletcher (2002) para o caráter alegórico, discutiremos as representações de imagens que vêm formando e povoando o imaginário coletivo ao longo dos séculos para a figura da mulher-bruxa e como ela foi repassada ao universo literário, especialmente nos contos clássicos infantis que se perpetuam até hoje.

Biografia do Autor

Saulo Cunha de Serpa Brandão, Universidade Federal do Piauí

Professor Titular de Teoria da Literatura pela UFPE, Pós-doutorado na UFSC (2003), Pós-doutorado na University of Washington (2013-2014). Aposentado com contrato de Professor Voluntário junto ao Programa de Pós-graduação em Letras da UFPI.

Valdirene Rosa da Silva Melo, Secretaria Municipal de Educação de Teresina e Secretaria de Estado da Educação do Piauí

É mestra em Estudos Literários pela UFPI e trabalha nas Secretarias de Educação do Município de Teresina e na do Estado do Piauí. Em ambas, atual como professora.

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Publicado

2020-09-05

Como Citar

Brandão, S. C. de S., & Melo, V. R. da S. (2020). O poder das bruxas: alegoria patriarcal. ANTARES: Letras E Humanidades, 12(26), 69–95. Recuperado de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/antares/article/view/8678

Edição

Seção

ESTUDOS LITERÁRIOS