Quem não gosta de samba bom sujeito não é: um estudo enunciativo do samba de raiz

Autores

  • Claudia Toldo (UPF) UCS
  • Débora Facin (UPF)

Palavras-chave:

Testemunho do samba de raiz. Enunciação de sobreviventes. Língua, cultura e sociedade.

Resumo

Este trabalho tem como objetivo promover um estudo enunciativo do samba de raiz enquanto experiência do sujeito sobrevivente à cultura brasileira. Com base na teoria enunciativa de Émile Benveniste, demarcamos um itinerário de leitura que prevê a indissociabilidade entre língua, cultura e sociedade. O problema de pesquisa que visamos a responder é o seguinte: como o samba de raiz constitui um enunciador que é testemunha (AGAMBEN, 2008)? No universo do samba, personagens como Hilário Jovino Ferreira, Zé Espinguela, Caninha, Sinhô, João da Baiana, Donga, Pixinguinha, Candeia, Ismael Silva, entre tantos outros se colocam como superstes, ou seja, atravessaram desde o início a consolidação do samba no Brasil. Seus testemunhos carregam uma relação paradoxal da constituição do sujeito enunciativo: o valor ético da testemunha integral da raiz do samba que se reinventa a cada acontecimento da linguagem pela possibilidade instituída na e pela língua.

Biografia do Autor

Claudia Toldo (UPF), UCS

Doutor em Teoria Literária e Literatura Comparada pela USP e mestre em Literatura Brasileira pela UFSC.

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Publicado

2019-09-18

Como Citar

Toldo (UPF), C., & Facin (UPF), D. (2019). Quem não gosta de samba bom sujeito não é: um estudo enunciativo do samba de raiz. ANTARES: Letras E Humanidades, 11(23), 87–112. Recuperado de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/antares/article/view/7732

Edição

Seção

Estudos Semântico-Argumentativos e Enunciativos: olhares sobre o discurso