Esquemas imagético-cinestésicos e linguagem: considerações filosóficas sobre o realismo corporificado

Autores

  • João Paulo Rodrigues de Lima (UECE)
  • Ana Cristina Cunha da Silva (UNILAB)

Resumo

A tradição filosófica cartesiana, por muitos anos, tem investigado a mente dissociada do corpo, em busca de um conhecimento objetivo. O presente artigo se propõe a fazer uma breve apresentação de aspectos filosóficos que contribuíram diretamente para a melhor compreensão da relação da estruturação mental com o corpo. O realismo corporificado (LAKOFF, 1987; JOHNSON, 1987, LAKOFF; JOHNSON, 1999) afirma que conceitos e estruturas mentais justificam a sua existência devido às experiências básicas com o corpo no mundo, permitindo que o conhecimento sobre a realidade seja fruto da ação sensório-motora nela. Após explorar alguns dos esquemas sugeridos por Johnson (1987), compreendemos que os esquemas imagéticos se apresentam como estruturas de natureza simples (por representarem as mais diversas experiências corpóreas básicas), gerais (por generalizarem as semelhantes experiências corporificadas) e conceituais (por se encontrarem na cognição humana, podendo ser usadas na interação discursiva) e, portanto, nos posicionamos favoráveis a esta visão corporificada da mente.

Biografia do Autor

João Paulo Rodrigues de Lima (UECE)

Doutor em Letras. Professor no Programa de Pós-graduação em Letras, Cultura e Regionalidade.

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Publicado

2018-08-31

Como Citar

Lima (UECE), J. P. R. de, & Silva (UNILAB), A. C. C. da. (2018). Esquemas imagético-cinestésicos e linguagem: considerações filosóficas sobre o realismo corporificado. ANTARES: Letras E Humanidades, 10(20), 111–123. Recuperado de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/antares/article/view/6584

Edição

Seção

DAS REPRESENTAÇÕES EM LINGUÍSTICA COGNITIVA: OLHARES MÚLTIPLOS