“Isabella é uma rosa impedida de desabrochar em nosso jardim” – Uma análise das expressões metafóricas na conceitualização de violência
Resumo
"Anjo" [menina de seis anos] versus "monstros" [pai biológico e madrasta] no centro de um "circo armado" [cobertura midiática] que alimenta uma vocação coletiva para "envergar a toga" [fazer justiça]. Por que a recorrência da metáfora na conceitualização de violência na linguagem cotidiana? Neste artigo, sustentamos que a metáfora justifica-se por ser parte do sistema humano de organização do pensamento, portanto mecanismo que nos permite fazer sentido no universo (LAKOFF; JOHNSON, 1980). Partindo da classificação da metáfora conceptual empreendida por Grady (1997), analisamos o modo como se dá o compartilhamento de características entre os domínios conceptuais projetados nas metáforas de semelhança constitutivas dos comentários de leitores do blog de Ricardo Noblat ao longo da discussão do caso policial Isabella Nardoni e procedemos a uma leitura dos sentimentos de empatia e antagonismo presentes na construção de objetos de discurso por meio de metáfora.Downloads
Como Citar
Menezes (UFC), L. C. de. (2012). “Isabella é uma rosa impedida de desabrochar em nosso jardim” – Uma análise das expressões metafóricas na conceitualização de violência. ANTARES: Letras E Humanidades, 4(7), 191–207. Recuperado de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/antares/article/view/1554
Edição
Seção
DOSSIÊ REPRESENTAÇÕES DE VIOLÊNCIA NA LINGUAGEM: COGNIÇÃO, CULTURA E SOCIEDADE