Os traumas transgeracionais em Maus: a história de um sobrevivente
Palavras-chave:
Maus, a história de um sobrevivente, Romance gráfico, Art Spiegelman, Narrativa sequencialResumo
O romance gráfico Maus: a história de um sobrevivente (1991) é uma obra de não-ficção memorialista de cunho pós-moderno. Ela foi escrita e ilustrada pelo cartunista estadunidense Art Spiegelman e rememora as histórias de um personagem sobrevivente do Holocausto judeu, Vladek Spiegelman, por meio dos olhos de seu filho, Artie Spiegelman. Essas rememorações trazem à tona uma pletora de episódios relacionados diretamente aos traumas transgeracionais (MILUNESCU, 2016; JAWAID, 2018; AZEVEDO, 2019; REIS, 2019), mormente provindos dos conflitos bélicos. Desta forma, o objetivo deste artigo é o de analisar a representação dos traumas transgeracionais em Maus: a história de um sobrevivente (1991). Através da pesquisa integrativa, esse romance gráfico foi analisado por meio de um
conjunto teórico acerca dos traumas transgeracionais. Como resultado,
Spiegelman (1991) elabora um romance gráfico ousado e subversivo. Por
um lado, ele se utiliza de vários recursos técnicos da narrativa sequencial
para amotinar os conceitos clássicos das histórias em quadrinhos.
Por outro lado, ele consegue habilmente narrar as terríveis histórias
do Holocausto judeu através das diversas instanciações acerca dos
traumas transgeracionais.