“Que bom que eles vão morrer”: uma leitura política do romance A redoma de vidro, de Sylvia Plath
Keywords:
Sylvia Plath, A redoma de vidro, Leitura políticaAbstract
Sylvia Plath foi uma escritora norte-americana conhecida principalmente por sua produção poética e associada ao movimento da poesia confessional. A redoma de vidro (1963), seu único romance, é constantemente lido como uma autobiografia, e a vida de Esther Greenwood, sua protagonista, lida como a vida da própria Plath. Neste trabalho, propõe-se a leitura do romance à luz da crítica dialética e das propostas de uma leitura política promovida por Fredric Jameson, por meio da qual se possa alcançar uma interpretação do romance de Plath que não é atingida pelos modelos tradicionais de interpretação literária, isto é, procura-se mostrar que, por meio de uma leitura política, é possível encontrar horizontes que transponham a ideia de uma autobiografia e atinjam o caráter político e coletivo do romance.