(Re)escrever a história (re)contar os fatos: a experiência em Diário da queda, de Michel Laub
Palavras-chave:
Michel Laub, Diário da queda, Memória, Pós-memória, Experiência.Resumo
Este artigo analisa a tessitura da escrita do Diário da queda (2011), de Michel Laub, que articula o trabalho do narrador com a memória dos seus ascendentes. Eles, pai e avô, deixaram um diário/caderno como um legado. O narrador reinterpreta este legado, juntamente com a sua memória individual, passada e presente. Assim, age como um arqueólogo do seu passado (Benjamin) para extrair uma verdade, uma experiência (Erfahrung), esculpindo seu próprio futuro. A compreensão do espaço da topografia arqueológica (ao lado da experiência extraída da memória dos ascendentes) é analisada por meio dos conceitos de trauma, memória e pós-memória. Verificou-se no diário do narrador, assim, uma redenção da ruína das memórias como maneira de redimir o passado.