Associação, memória e luta das quebradeiras de coco no Maranhão: o povoado de Petrolina
Resumo
Este texto trata da luta de um grupo de quebradeiras de coco babaçu do povoado de Petrolina, no Maranhão. A luta desse grupo origina-se por ser ele contra a devastação dos babaçuais para o fabrico do carvão comercial, direcionado às empresas de ferro gusa na região. Pelas vantagens econômicas, muitas famílias da comunidade estão abandonando a prática tradicional do extrativismo, quebrando uma cadeia econômica de aproveitamento integral do coco; uma cadeia social, do trabalho comunitário; e uma cadeia cultural, dos valores, hábitos e práticas que envolvem o babaçu. Em contraposição a isso, esse grupo de mulheres fundou a Associação de Quebradeiras de Coco com o propósito de contrapor esse novo arquétipo, propondo alternativas econômicas, sociais e culturais, tendo por base a memória dos primeiros tempos de existência do povoado.