Do invisível engarrafado: história, memória, cultura material e as Águas de Melgaço na Manaus da borracha

Autores

  • Tatiana L. Pedrosa Santos Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
  • Samuel Lucena de Medeiros Universidade do Estado do Amazonas (UEA)

Palavras-chave:

Cultura Material, Memória, Águas de Melgaço

Resumo

Este artigo procura apresentar o potencial que um artefato possui enquanto potencial de conhecimento para a Arqueologia e para a História. Fala-se de memória enquanto constituinte do estudo da cultura material e seus aspectos, bem como a importância de se considerar o âmbito simbólico nos mesmos. Ao se analisar o contexto histórico-social de uma Manaus que esteve submersa num boom da borracha, busca-se fundamentação nas metodologias oferecidas pela Arqueologia Histórica, assim como na utilização da interdisciplinaridade. Mostra-se que, as garrafas da marca “Águas de Melgaço”, antes esquecidas, proporcionam, um vislumbre de uma sociedade manauara do final do século XIX e início do século XX, assim como costumes e modos de vida; como meio de segregação social, objeto de consumo, ou meio de alcançar uma saúde desejada. O invisível engarrafado é mostrado quando se busca estudar os elementos que participaram da formação da sociedade manauara, nesse caso, uma marca de água importada.

Biografia do Autor

Tatiana L. Pedrosa Santos, Universidade do Estado do Amazonas (UEA)

Doutora e Mestre em História, com área de concentração em Arqueologia, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2012), com tese intitulada "ARQUEOLOGIA E INTERPRETAÇÃO NA AMÉRICA DO SUL; A VOZ DE TRÊS PIONEIRAS", e dissertação intitulada "ARQUEOLOGIA E INTERPRETAÇÃO: A CRIAÇÃO DE DOIS MODELOS ARQUEOLÓGICOS PARA A AMAZÔNIA". Graduação em Licenciatura e Bacharelado em História pela Universidade Federal do Amazonas (2003). Atualmente é arqueóloga responsável pelo Laboratório de Arqueologia Alfredo Mendonça SEC/AM e Professora do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, Mestrado em Ciências Humanas, Área de Concentração: Teoria, História e Crítica da Cultura, e Professora do curso de Graduação em Arqueologia da Universidade do Estado do Amazonas. Experiência em pesquisa e produção bibliográficas voltadas para temas que envolvam as relações entre Cultura Material, História, Arqueologia, Memória, identidade e Patrimônio. Líder do Grupo de Pesquisa do CNPq - NIPAAM - "Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Arqueológicas da Bacia Amazônica.

Samuel Lucena de Medeiros, Universidade do Estado do Amazonas (UEA)

Graduando finalista no curso de Bacharelado em Arqueologia pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Pesquisador no grupo de pesquisa do CNPq - Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Arqueológicas da Bacia Amazônica - NIPAAM, da Universidade do Estado do Amazonas. Pesquisador no projeto pelo CNPq - Chamada Universal (Interdisciplinar) - triênio 2017-2019. Pesquisador no Laboratório de Arqueologia Alfredo Mendonça de Souza (SEC/AM). Também pesquisador em Arqueologia Histórica e Arqueologia Amazônica. Responsável por desenvolver os projetos “Cultura e consumo na Manaus Antiga”, “Os vidros de remédio na Manaus antiga”, “As Águas de Melgaço”, e "A Arte Rupestre e o olhar interpretativo na Amazônia". 

Link do Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7420555718761082

Downloads

Publicado

2017-09-11

Como Citar

Santos, T. L. P., & Medeiros, S. L. de. (2017). Do invisível engarrafado: história, memória, cultura material e as Águas de Melgaço na Manaus da borracha. MÉTIS: HISTÓRIA & CULTURA, 16(31). Recuperado de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/metis/article/view/4930