A quadrilha de falsários: imigrantes judeus nas ações policiais e judiciais da era Vargas
Palavras-chave:
judeus, processos, imigraçãoResumo
Ao longo da Era Vargas, uma expressiva campanha contra os imigrantes foi organizada em todo o Brasil. O Estado do Rio Grande do Sul mereceu atenção especial por sediar muitas das comunidades etnicamente distintas existentes no País. Dentre os imigrantes apontados como minorias étnicas não integradas à Nação brasileira, no estado gaúcho, estavam os judeus, considerados os mais inassimiláveis dentre os inassimiláveis. Esses indivíduos passaram a ganhar um amplo espaço na imprensa escrita local, em especial, como tema de artigos que condenavam a presença judaica em terras brasileiras. Outro aspecto que passou a ser abordado pela referida imprensa foi o envolvimento dos imigrantes judeus em atos criminosos, que variavam de badernas nas ruas das cidades gaúchas à formação de quadrilhas internacionais. Essas ações criminosas atingiam a opinião pública, que passava a ver um determinado grupo cultural como potencialmente perigoso e naturalmente destinado à criminalidade. O caso da quadrilha de falsários, envolvendo imigrantes judeus, corresponde a um desses interessantes casos, nos quais um determinado grupo étnico era responsabilizado por ações criminosas de âmbito internacional. A análise do caso dos falsários judeus, objeto deste estudo, através das notícias divulgadas na imprensa da época, das ocorrências policiais e dos processos judiciais conduzidos para os mesmos, permite ampliar a compreensão sobre a percepção de criminosos que recaiu sobre alguns imigrantes, bem como possibilita identificar o tratamento recebido pela comunidade judaica nas ações judiciais.Downloads
Como Citar
Lia, C. F. (2013). A quadrilha de falsários: imigrantes judeus nas ações policiais e judiciais da era Vargas. MÉTIS: HISTÓRIA & CULTURA, 11(21). Recuperado de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/metis/article/view/2087
Edição
Seção
Dossiê