Para reler Panis et circensis à luz de uma outra herança

Autores

  • Luciana Abreu Jardim Universidade Federal do Pampa

Palavras-chave:

Antropofagia. Manifestos. Lispector. Metáforas do gosto.

Resumo

O ensaio pretende incluir uma herança heterogênea às fontes habitualmente relacionadas ao poema-manifesto “Panis et circensis”,  de Caetano Veloso e Gilberto Gil, lançado no álbum Tropicália ou Panis et circensis, no ano de 1968. Para tanto, retomo a infuência de Oswald de Andrade sobre o sintagma “sala de jantar”, percorrendo marcas da metáfora do gosto e aspectos de sua Antropofagia no Manifesto Paul Brasil e no Manifesto Antropófago. Nesse sentido, a minha intenção é a de promover um deslocamento do imperativo marcadamente visual, relacionado à herança dos poetas concretistas (Augusto de Campos, Haroldo de Campos e Décio Pignatari), para marcar a presença da contribuição de Clarice Lispector nessa releitura contemporânea da composição tropicalista. A poética de Clarice Lispector, cuja ampla recepção na atualidade a inclui na categoria dos intérpretes do Brasil, ao lado de Caetano Veloso, pavimenta o caminho para o estudo das metáforas do gosto.

Biografia do Autor

Luciana Abreu Jardim, Universidade Federal do Pampa

Professora Adjunta de Literatura da Universidade Federal do Pampa.

Doutora em Letras PUCRS

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Publicado

2020-09-05

Como Citar

Jardim, L. A. (2020). Para reler Panis et circensis à luz de uma outra herança. ANTARES: Letras E Humanidades, 12(26), 249–270. Recuperado de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/antares/article/view/8776

Edição

Seção

ESTUDOS LITERÁRIOS