A narrativa e as vozes da história: memórias da Ditadura Militar em “Mãe Judia, 1964”, de Moacyr Scliar

Autores

  • Ernani Silverio Hermes Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI)
  • Silvia Helena Niederauer Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)

Palavras-chave:

Literatura e História. Memória. Narrativa. Ditadura Militar. Moacyr Scliar.

Resumo

Este artigo busca contrastar duas formas de narração, Literatura e História, a partir do resgate do período da Ditadura Militar feito pela Literatura Brasileira contemporânea. Para tanto, elegemos como corpus de análise o conto “Mãe Judia, 1964”, do ficcionista Moacyr Scliar, que tem por mote o relato de uma mãe que tem seu filho torturado pela repressão da ditadura. Aí nos interessa investigar as figurações das memórias da Ditadura Militar, isso por meio do estudo da focalização narrativa e da construção da figura do narrador, buscando entender quem é que conta essa história; e, por extensão, refletir sobre quem contou a História da ditadura. Logo, a compreensão do ponto de vista da narração implica em considerar quem é o sujeito que enuncia esse discurso que, embora ficcional, resgata a História ao narrar as suas memórias. A fim de darmos sustentação teórica à investigação proposta, recorremos às ideias de Walter Benjamin, Paul Ricoeur e Jeanne Marie Gagnebin. 

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Publicado

2020-09-05

Como Citar

Hermes, E. S., & Niederauer, S. H. (2020). A narrativa e as vozes da história: memórias da Ditadura Militar em “Mãe Judia, 1964”, de Moacyr Scliar. ANTARES: Letras E Humanidades, 12(26), 271–287. Recuperado de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/antares/article/view/7255

Edição

Seção

ESTUDOS LITERÁRIOS