Para onde aponta o nariz: paradigmas de pertencimento na Ruanda de Scholastique Mukasonga
Palavras-chave:
pertencimento, Ruanda, Scholastique MukasongaResumo
Este artigo se propõe a ler dois arcos do romance Nossa Senhora do Nilo, da escritora ruandesa Scholastique Mukasonga, como alegoria da coexistência, na Ruanda pós-colonial, de dois paradigmas de pertencimento, dois conjuntos de ações, de corporeidades e de discursos que, em determinado território, em determinada cultura, esteiam a vida das pessoas. Um deles, instaurado pelos colonizadores, seria o paradigma da história ou da origem; o outro, tomado como tradição ruandesa, mas que também pode ser pensado como um modo de pertencimento africano, seria o paradigma da memória ou da ancestralidade. Além disso, com base em uma genealogia sobre o ódio étnico entre hútus e tútsis e seu impacto na vida e na obra de Mukasonga, sugere-se que a coexistência de paradigmas de pertencimento apresentada pela autora não os torna equivalentes quando viver em Ruanda se torna uma questão de assegurar a sobrevivência.Downloads
Publicado
2018-12-20
Como Citar
Fernandes (UFBA), B. (2018). Para onde aponta o nariz: paradigmas de pertencimento na Ruanda de Scholastique Mukasonga. ANTARES: Letras E Humanidades, 10(21), 134–153. Recuperado de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/antares/article/view/6383
Edição
Seção
ARTIGOS E ENSAIOS