Utopia literária, ficção e a possibilidade do imaginário

Autores

Palavras-chave:

ficção, utopia, crítica sociológica, imaginário, Norbert Elias

Resumo

Nos estudos literários, o emprego do termo ficção implica, em geral, um movimento que a literatura faz para fora da realidade sensível ou cotidiana, cuja apreensão pela sensibilidade sustenta o conceito da verossimilhança proposto por Aristóteles. A ficção se descola da realidade e a deixa entregue a si mesma, retornando a ela, em seguida, com um poder de expressão e expansão acrescentado. A noção de utopia literária, desenvolvida por Norbert Elias num de seus estudos, oferece elementos que permitem aproximar esse movimento do imaginário e a ideia da figuração proposta pelo sociólogo em suas teorias. A utopia, expressa literariamente, coincide com esse momento em que o imaginário, abandonando a realidade sensível, biológica ou socialmente determinada, se põe em questão como linguagem do mundo e abre caminho para o advento do novo e do desconhecido. Este trabalho tem por objetivo investigar mais detalhadamente a noção de utopia literária, em sua relação com o conceito de figuração social, desenvolvida por Elias, buscando aproximá-la da ideia de ficção, de modo a compreender melhor as relações da obra literária com a história e, a seu tempo, do imaginário com as configurações sociais.

Biografia do Autor

Renato Nésio Suttana (UFGD), Faculdade de Comunicação, Artes e Letras da UFGD

Doutor em Letras pela UNESP-Assis. Pós-doutor em Letras pela Universidad de Buenos Aires. Professor associado da FACALE-UFGD.

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Publicado

2017-09-04

Como Citar

Suttana (UFGD), R. N. (2017). Utopia literária, ficção e a possibilidade do imaginário. ANTARES: Letras E Humanidades, 9(17), 155–174. Recuperado de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/antares/article/view/4977

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