Espaço e linguagem na poesia de Manoel de Barros: uma constante (des)aprendizagem

Autores

  • Maria Heloísa Martins Dias (UNESP) UNESP

Resumo

A poesia de Manoel de Barros desperta a atenção do leitor não tanto pela temática que traz em sua linguagem quanto, principalmente, pela forma inusitada como (re)configura essa matéria enquanto dizer. Falar sobre o mundo e criar um meio singular que dê corpo a essa fala são gestos simultâneos – projeto em afinidade com uma tradição poética que faz da palavra sujeito e objeto, uma autoconsciência onde se alojam criação e leitura, espírito crítico e ludicidade. O espaço da escrita possibilita o exercício de uma (des)aprendizagem em que convenções, hábitos e valores são deslocados da lógica que os sustenta para rearranjá-los em nova esfera de significação. Até que ponto esse desarranjo ou desmitificação do habitual pela operação poética se legitima como invenção e inova no resgate de seu vínculo com o real – eis o propósito deste artigo.

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Como Citar

Dias (UNESP), M. H. M. (2010). Espaço e linguagem na poesia de Manoel de Barros: uma constante (des)aprendizagem. ANTARES: Letras E Humanidades, (1), 125–133. Recuperado de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/antares/article/view/304

Edição

Seção

ARTIGOS E ENSAIOS