O pornográfico impossível: dito e interdito em Hilda Hilst

Autores

  • Sérgio de Sá (UnB) Universidade de Caxias do Sul

Resumo

As entrevistas de Hilda Hilst contrastam com os textos em prosa e verso da autora. Na fala, a comunicação flui. Na escrita, barreiras se impõem. Cansada de não ser lida, a escritora decide, no final dos anos 1980, fazer uma incursão literária pela pornografia. No entanto, o diálogo com o leitor parece continuar inalcançável. A literatura de Hilst mantém-se fora do campo da palavra escancarada. O erotismo permanece. O palavrão dito na imprensa ajuda a construir uma figura de autor, alimenta o mito, mas não diminui a distância entre o texto literário e o grande público. Madame Hilst termina por construir com efetividade uma obra midiática.

Biografia do Autor

Sérgio de Sá (UnB), Universidade de Caxias do Sul

Doutor em Letras. Professor no Programa de Pós-graduação em Letras, Cultura e Regionalidade.

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Como Citar

Sá (UnB), S. de. (2014). O pornográfico impossível: dito e interdito em Hilda Hilst. ANTARES: Letras E Humanidades, 6(11), 67–77. Recuperado de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/antares/article/view/2847

Edição

Seção

DOSSIÊ HILDA HILST