Júri: persuasão ou manipulação discursiva na tribuna?

Autores

  • Návia Regina Ribeiro da Costa Pontifícia Universidade Católica de Goiás http://orcid.org/0000-0002-3218-1307
  • Eliane Marquez da Fonseca Fernandes Universidade Federal de Goiás
  • Alexandre Ferreira da Costa Universidade Federal de Goiás

Palavras-chave:

Identidade social, persuasão, prática social no Tribunal do Júri, análise de discurso textualmente orientada

Resumo

Este artigo se vincula ao campo da Linguística Forense, na medida em que se ocupa de análise crítica de uma prática social discursiva exercida em julgamentos perante o Tribunal do Júri. Analisa, na obra Júri: persuasão na tribuna, de Danni Sales Silva (2019), a identidade social do promotor de justiça criada pelo autor, valendo-se da representação que este faz do orador, do jurado e da relação social entre eles; do ideal de justiça a ser alcançada perante o Tribunal do Júri e das técnicas de persuasão na tribuna. Recorre epistemologicamente à Análise de Discurso Crítica (ADC), mais especificamente à abordagem dialético-relacional de Fairclough (2009), focalizando os significados do discurso correspondentes a estilos, e à abordagem cognitivista de van Dijk (2008), em termos de controle social pelo controle mental. É de natureza qualitativa e adota a metodologia da Análise de Discurso Textualmente Orientada (ADTO) e considera, por meio das análises, a construção discursiva da hipóstase da missão da promotoria de justiça quando nas ações penais públicas. 

Biografia do Autor

Návia Regina Ribeiro da Costa, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Doutora em Letras e Linguística pelo Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da Universidade Federal de Goiás (UFG), com estudos concentrados em Linguística Forense/Análise de Discurso Forense. Mestra em Educação, Linguagem e Tecnologias pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Estadual de Goiás (UEG), com estudos concentrados na textualidade de textos jurídicos. Especialista em Formação de Professores pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), com área de concentração em Letras-Português. Licenciada em Língua Portuguesa pela Universidade Estadual de Goiás (UEG). Bacharel em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás) (2003). Professora na PUC Goiás, nas disciplinas de Linguagem e Comunicação Jurídica, no curso de Direito; de Língua Portuguesa, nos diferentes cursos de graduação; de Metodologia do Ensino Superior e Metodologia do Trabalho Científico na Pós-Graduação em Direito; e em TCC e disciplinas da área de Linguística no curso de Letras. Coordenadora do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Linguagem, Comunicação, Estética e Arte da Escola de Formação de Professores e Humanidades da PUC-Goiás (EFPH-PUC Goiás). Coordenadora de banca de elaboração e revisora das avaliações de formação geral da PUC Goiás. Membra do Núcleo de Apoio Pedagógico da Escola de Formação de Professores e Humanidades da PUC Goiás (EFPH-PUC Goiás). Pesquisadora no grupo de pesquisa Crítica, Tradução e Transcriação, na linha Crítica Literária, Tradução e Transcriação, da PUC Goiás, com foco análise crítica de enunciados na perspectiva foucaultiana. Revisora e normalizadora de textos. Consultora linguística jurídica. 

Eliane Marquez da Fonseca Fernandes, Universidade Federal de Goiás

Pós-Doutorada em Educação pela UnB (2011). Doutora em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás (2007). Professora voluntária na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás. Atua no PPG em Letras e Linguística da FL da Universidade Federal de Goiás. Desenvolve pesquisa na área de Linguística, com ênfase em Texto, Análise do Discurso e Ensino. Estuda os seguintes temas: leitura e escrita, gêneros do discurso, análise do discurso e ensino/aprendizagem da Língua Portuguesa. É líder da Rede Goiana de Pesquisa: texto, discurso e ensino inscrita na FAPEG-GO e também do Grupo de Pesquisa CNPq CRIARCONTEXTO: estudos do texto e do discurso que se insere na Rede de Pesquisa em Língua Portuguesa ao Redor do Mundo.

Alexandre Ferreira da Costa, Universidade Federal de Goiás

Pós-doutor em Linguística pela Universidade de Brasília (2015). Doutor em Linguística Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas (2007). Mestre em Linguística pela Universidade de Brasília (1999). Graduado em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1994). Professor na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás desde 1998, membro deste Programa e Pós-Graduação em Letras e Linguística e atua na formação de professores. Líder do Grupo de Estudos Transdisciplinares e Aplicados à Formação de Educadores (GRUPO PORTOS - UFG/CNPq).

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Publicado

2022-12-14

Como Citar

Ribeiro da Costa, N. R., Marquez da Fonseca Fernandes, E., & Ferreira da Costa, A. (2022). Júri: persuasão ou manipulação discursiva na tribuna?. ANTARES: Letras E Humanidades, 14(34), 126–158. Recuperado de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/antares/article/view/11120

Edição

Seção

LINGUÍSTICA FORENSE (FORENSIC LINGUISTICS)