Velhice feminina e memória em The Blind Assassin, de Margaret Atwood, e “La respiración cavernaria”, de Samanta Schweblin
Palavras-chave:
Velhice, memória, mulher, Margaret Atwood, Samanta SchweblinResumo
Este artigo objetiva analisar o romance The Blind Assassin, da canadense Margaret Atwood, e o conto “La respiración cavernaria”, da argentina Samanta Schweblin, a partir de três eixos temáticos: a velhice experimentada por suas protagonistas, as memórias individuais a que se reportam e os sentidos atribuídos ao lugar social que ocupam enquanto mulheres. A análise e a interpretação dos textos literários se valem de perspectivas teóricas e críticas, dentre as quais se destacam as de Simone de Beauvoir (2018[1970]), Carmen Lúcia Tindó Secco (1994) e Jacques Derrida (1986). Com fundamento na premissa de que o conceito de velhice possui natureza dialética e é continuamente reconstruído segundo diferentes circunstâncias históricas e socioculturais, o estudo destaca a problematização do envelhecimento feminino a partir de aspectos constantes dos textos literários examinados.