Coronavírus and visons: o tecnodiscurso do Direito Animal em redes sociais e suas formas de apagamento

Autores

Palavras-chave:

Análise do Discurso, Discurso do direito animal, Posicionamentos discursivos, Enunciação jornalística, Vison

Resumo

O presente artigo estuda o discurso do direito animal na enunciação jornalística sobre o caso do “escândalo dos visons”, na Dinamarca. Visa-se, em especial, a identificar os posicionamentos discursivos que atravessam as interações em redes sociais do debate sobre o extermínio de toda a população de visons naquele país. O aparato teórico-metodológico fundamenta-se na Análise do Discurso em torno das propostas de Maingueneau (2008) e Paveau (2021) e na Análise Perspectivista de Rede (MALINI, 2016). Os resultados revelam que nas interações em redes os enunciadores invocam identidades antiespecistas de engajamento e utilizam diferentes modos de enunciação para marcar uma diferença social. Além disso, a enunciação político-midiática sobre o “escândalo dos visons” tende a apagar o problema da exploração dos animais. Por isso, as identidades antiespecistas emergem nas margens dessa enunciação.

Biografia do Autor

Letícia Nascimento Alvarenga Pinheiro, Universidade Federal do Espírito Santo

Mestranda em Estudos Linguísticos. Universidade Federal do Espírito Santo. Advogada. Universidade Federal do Espírito Santo

Anderson Ferreira, Universidade Federal do Espírito Santo

Pós-doutorando em Linguística na Universidade Federal do Espírito Santo- UFES/CAPES/PNPD. Pós-doutorado
em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo-PUC-SP. Doutorado em Língua
Portuguesa pela PUC-SP, com estágio sanduíche pela Universidade do Minho - UMinho-ILCH, Portugal, com bolsa
CAPES/PDSE. Mestrado e Especialização também em Língua Portuguesa pela PUC-SP. Bacharelado e Licenciatura
em Filosofia pela Universidade Federal de São Paulo-Unifesp e Licenciatura em Letras Português-Literatura pela
Universidade Guarulhos-UNG. Professor de Língua Portuguesa nas redes particular e pública de São Paulo de
2004 a 2019. Membro do Grupo de Estudos de Discurso e Cultura, DISCULT, PUC-SP, e do Grupo de Estudos
sobre Discurso na Mídia, GEDIM, UFES. Atualmente, pesquisa na área de Linguística, tendo como enfoque o
estudo do texto e do discurso nas modalidades oral e escrita e a leitura em sua perspectiva discursiva.

Micheline Mattedi Tomazi, Universidade Federal do Espírito Santo

MICHELINE MATTEDI TOMAZI ALMEIDA é doutora em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com Mestrado e Especialização em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Em 2014, finalizou seu estágio de Pós-Doutorado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). É professora associada do Departamento de Línguas e Letras da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e docente do Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos (PPGEL) da mesma instituição. Foi coordenadora do Programa de Pós-graduação em Linguística (PPGEL/UFES) no período de 2014 a 2016. Atua como membro da Comissão Editorial da Revista (Con)textos Linguísticos e da revista PERcursos Linguísticos, ambas produções do PPGEL- UFES. É membro do Grupo de Trabalho (GT) em Linguística Textual e Análise da Conversação da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística (Anpoll), membro da Associação de Linguagem e Direito (Alidi) e da Associação Latino-Americana de Estudos do Discurso (Aled). É líder do Grupo de Estudos sobre Discurso da Mídia (Gedim/UFES/CNPq) e pesquisadora do Grupo de Estudos sobre a Articulação do Discurso (UFMG/CNPq) e do Grupo de Pesquisa em Análise Textual dos Discursos (UFRN/CNPq). Dedica-se à área de Linguística, com pesquisas voltadas à orientação sociocognitiva da Análise Crítica do Discurso. Suas produções recentes têm envolvido os seguintes temas: violência doméstica, feminicídio, desigualdades sociais e discriminação, discurso, ideologia e poder na mídia jornalística,construção de imagens e lugares, articuladores discursivos, discurso jurídico, notícias, violência de gênero, conflitos sociais e manifestações

Jarbas Vargas Nascimento, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo/Universidade Federal do Espírito Santo

Pós-doutor na área de Letras, pela UNESP - Campus Assis. Doutor em Letras (Semiótica e Linguística Geral) pela USP. É professor titular do Departamento de Ciências da Linguagem e do Programa de Estudos Pós-Graduados em Língua Portuguesa da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo-PUC-SP. É professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal do Espírito Santo - UFES

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Publicado

2022-05-06

Como Citar

Pinheiro, L. N. A., Ferreira, A., Tomazi, M. M., & Nascimento, J. V. (2022). Coronavírus and visons: o tecnodiscurso do Direito Animal em redes sociais e suas formas de apagamento. ANTARES: Letras E Humanidades, 14(32), 194–222. Recuperado de https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/antares/article/view/10262

Edição

Seção

LINGUAGEM E PANDEMIA