Revista Direito Ambiental e Sociedade https://sou.ucs.br/revistas/index.php/RDAS <p>A Revista Direito Ambiental e Sociedade (RDAS) é um periódico científico desenvolvido pelo <a href="https://www.ucs.br/site/pos-graduacao/formacao-stricto-sensu/direito/">Programa de Pós-Graduação em Direito</a> (Mestrado/Doutorado) da <a href="https://www.ucs.br/site">Universidade de Caxias do Sul.</a> A RDAS está registrada sob o <strong>ISSN 2237-0021 </strong>e atualmente está classificada no estrato<strong> A3</strong> <span style="font-weight: bolder;">Qualis</span>. A Revista tem <strong>periodicidade</strong> <strong>semestral</strong> está indexada a diversas bases.</p> <p>As edições anteriores, de 2011 até 2023/2, estão disponíveis<strong> <a href="http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/direitoambiental/issue/archive">nesta página</a></strong></p> <p>As submissões devem ser realizadas <a href="https://sou.ucs.br/etc/revistas/index.php/direitoambiental/index"><strong>nesta página</strong></a>, onde serão publicadas as próximas edições. </p> Editora da Universidade de Caxias do Sul - EDUCS pt-BR Revista Direito Ambiental e Sociedade 2316-8218 <p align="justify"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">A aprovação dos textos implica cessão imediata, automática, e sem ônus dos direitos de publicação na </span></span><strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">REVISTA DIREITO AMBIENTAL E SOCIEDADE </span></span></strong><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">(ISSN 2237-0021) que terá exclusividade para publicá-los em primeira mão.</span></span></p> <p align="justify"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">O(s) autor(es) continuará(ão) a deter os direitos autorais para publicações posteriores. </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Os</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"> trabalho</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">s </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">publicados são</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"> licenciado</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">s</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"> sob a Creative Commons Attribution License que permit</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">e</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"> o compartilhamento do trabalho</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: medium;"> reconhecendo </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">a </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">autoria do trabalho e </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">a </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">publicação nesta revista.</span></span></p> <p align="justify"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: medium;">Este trabalho está licenciado sob uma licença <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license">Creative Commons Attribution 4.0 International License</a>.</span></span></p> Os novos rumos da Educação Jurídica Superior para a sua efetivação sustentável e fraterna https://sou.ucs.br/revistas/index.php/RDAS/article/view/468 <p>O processo educacional pode ser entendido como uma tarefa política. No Brasil esse papel fica ainda mais evidente, já que a Educação Superior ainda é restrita e desigual. A intenção para a elaboração desta pesquisa surgiu após a percepção de que mudanças profundas estão sendo implementadas na Educação Jurídica Superior, alavancadas pelas novas tecnologias e pela globalização. O papel do bacharel em Direito vem mudando em uma sociedade multifacetada, que traz consequências positivas e negativas para o ensino-aprendizagem. A perspectiva tradicional da educação, considerando o estudante uma tábua rasa em face da posição hierárquica superior do(a) docente, não surte mais efeitos para o ensino-aprendizagem dos(as) discentes, já que o mundo necessita de profissionais mais engajados, criativos e autônomos. Assim, objetiva-se descrever o papel do(a) docente para a efetivação de uma Educação Jurídica Superior sustentável e fraterna voltada para a pesquisa, incentivando o protagonismo do(a) estudante e o desenvolvimento humanista na Educação Jurídica Superior. Ao final será possível concluir que o(a) docente da contemporaneidade deve ser um profissional humanista e fraterno, se colocando no plano educacional ao lado do(a) discente como interlocutor/colaborador no processo de ensino-aprendizagem pautado na interdisciplinaridade. Além disso, deve-se incentivar a pesquisa e desenvolvimento de uma educação humanista e ambiental. A pesquisa segue uma linha bibliográfica de natureza descritivo-exploratória, pelo método dedutivo com abordagem qualitativa.</p> Clara Cardoso Machado Jaborandy Marylaine Santa Rosa Damasceno Raquel Torres de Brito Silva Copyright (c) 2024 Revista Direito Ambiental e Sociedade https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-04-09 2024-04-09 14 1 10.18226/22370021.v14.n2.01 Reservas da Biosfera instituídas em território brasileiro https://sou.ucs.br/revistas/index.php/RDAS/article/view/346 <p>Desde que os impactos da crise ambiental se tornaram mais perceptíveis em nível mundial, a ONU tem desenvolvido estratégias com o objetivo de combater os efeitos desta crise. Dentre as principais ações, pode-se destacar o Programa <em>Man and Biosphere</em>, implementado no âmbito da UNESCO e que se desdobra na criação de uma Rede Mundial de Reservas da Biosfera. As Reservas da Biosfera (RBs) constituem-se em espaços territoriais especialmente protegidos com o intuito de conservar o meio ambiente e proporcionar condições de desenvolvimento sustentável para as comunidades locais. Embora as RBs se estruturem com base em regras estabelecidas em instrumentos de direito internacional, sua implementação necessariamente ocorre no contexto dos Estados nacionais participantes do programa MaB. Este trabalho objetiva identificar o regime jurídico a que se submetem, e quais os desdobramentos jurídicos das Reservas da Biosfera no direito brasileiro, designadamente no que concerne às suas correlações com outras modalidades de espaços territoriais especialmente protegidos. Para tanto, empreende-se uma pesquisa bibliográfica em que são analisadas as principais normas internas e tratados internacionais atinentes às RBs. Constata-se, assim, que a efetividade das RBs instituídas no Brasil exige uma integrada correlação com os demais mecanismos de gestão e ordenamento territorial previstos no direito brasileiro.</p> Adriano Braun Carolina Joana da Silva Carlos Teodoro José Hugueney Irigaray Copyright (c) 2024 Revista Direito Ambiental e Sociedade https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ 2024-10-15 2024-10-15 14 1 10.18226/22370021.v14.n1.02 Principais instrumentos de proteção do direito das crianças e das futuras gerações ao meio ambiente https://sou.ucs.br/revistas/index.php/RDAS/article/view/447 <p>O presente tema desenvolve-se em relação ao direito das crianças e das futuras gerações ao meio ambiente. Inicialmente traz breve histórico dos principais instrumentos internacionais sobre o direito ao meio ambiente e, na sequência, um panorama atual do reconhecimento internacional desse direito, com referência aos julgados mais emblemáticos. Buscou-se responder com o presente trabalho ao seguinte problema: o direito das crianças ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, previsto na CF/1988 e em instrumentos internacionais para as crianças e as futuras gerações, tem sido garantido? Como objetivo geral, procurou-se analisar se o direito das crianças ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, previsto na CF/1988 para as futuras gerações e em instrumentos internacionais, tem sido respeitado, com enfoque no princípio da dignidade da pessoa humana e no princípio da solidariedade intergeracional. Dentre os objetivos específicos, tem-se: analisar o reconhecimento internacional do direito das crianças ao meio ambiente; tecer um panorama sobre a jurisprudência internacional sobre o assunto, além de algumas questões processuais atinentes às crianças como sujeitos do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Realizou-se levantamento bibliográfico preliminar de instrumentos de soft law, artigos, livros e reportagens, doutrina, legislação e organizações internacionais e nacionais. Para exame do material obtido com a pesquisa bibliográfica foram utilizados os métodos dedutivo e sistemático. O tipo de pesquisa é de natureza exploratória. A população diz respeito às crianças e às futuras gerações de forma geral e o respectivo direito ao meio ambiente, como coletividade.</p> Raquel Viegas Carvalho de Siqueira Biscola Lívia Gaigher Bósio Campello Copyright (c) 2024 Revista Direito Ambiental e Sociedade https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ 2024-10-04 2024-10-04 14 1 10.18226/22370021.v14.n1.03 Royalties minerários e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável https://sou.ucs.br/revistas/index.php/RDAS/article/view/571 <p>&nbsp;Em 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu uma nova política global: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas no planeta. Para isso, estabeleceu 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) a serem alcançados por meio de ação conjunta, envolvendo governos, organizações, empresas e toda a sociedade civil a nível internacional, nacional e local. Os municípios são atores-chave para o alcance dos ODS por terem atuação direta nas populações locais. Nesse sentido, o artigo analisa, à luz do direito ao desenvolvimento, como são utilizados os valores recebidos a título de Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) no município de Parauapebas, em relação ao alcance dos ODS de número 1, 5,7,11,12,13,14 e 15. A pesquisa é exploratória de abordagem quantitativa e qualitativa e tem como procedimento o levantamento bibliográfico e documental para a caracterização dos principais elementos da temática e fundamentação argumentativa dos resultados obtidos. Delimita-se como base de dados, a Lei de Orçamento Anual (LOA) de 2018. O estudo conclui que a destinação das receitas da CFEM em Parauapebas, além de pouco transparentes, não atendem, plenamente, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, estabelecidos pela ONU.</p> <p>&nbsp;</p> Adib Salomão da Silva Muriel Lise Vieira da Costa Tupiassu Marcos Venâncio Silva Assunção Copyright (c) 2024 Revista Direito Ambiental e Sociedade https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ 2024-10-22 2024-10-22 14 1 10.18226/22370021.v14.n1.04 A Proteção jurídica nacional às abelhas em face de sua importância ambiental-econômico-social https://sou.ucs.br/revistas/index.php/RDAS/article/view/289 <p><span style="font-weight: 400;">Apesar da enorme importância ambiental e socioeconômica das abelhas, nos últimos anos, inúmeras espécies destes insetos têm sido dizimadas pelo denominado Distúrbio do Colapso das Colônias (CCD, na língua inglesa). Assim, utilizando-se das ferramentas metodológicas – pesquisa bibliográfica e documental – buscou-se apresentar a importância ambiental e socioeconômica das abelhas e a tutela jurídica ofertada pelas codificações brasileiras em face das presentes problemáticas. Nesse sentido, percebeu-se que, apesar das demasiadas legislações permissivas com relação ao manejo das abelhas para fins econômicos, a proteção ambiental conferida a essas espécies ainda é escassa, situação que urge atenção sob pena de intensificar o CCD e, consequentemente, agravar a situação ambiental e socioeconômica brasileira.</span></p> Sergio Alexandre de Moraes Braga Junior ´Hermínia Boracini Bichinim Costa Silva Pedro Paulo Machado Leocádio Copyright (c) 2024 Revista Direito Ambiental e Sociedade https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-10-30 2024-10-30 14 1 10.18226/22370021.v14.n1.05 A interpretação judicial do Supremo Tribunal Federal sobre o Constitucionalismo Climático https://sou.ucs.br/revistas/index.php/RDAS/article/view/818 <p>Neste artigo realiza-se um estudo aprofundado acerca das decisões e argumentos levantados na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 708 do Supremo Tribunal Federal (STF), que tratou do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima), objetivando-se demonstrar os principais impactos jurídicos da decisão para o reconhecimento de um constitucionalismo climático. Justifica-se a temática diante de sua relevância e atualidade, uma vez que as mudanças climáticas têm gerado uma constante preocupação na sociedade, ensejando uma atuação cada vez mais frequente do Poder Judiciário na responsabilização, mitigação e adequação a tais mudanças. Valendo-se da pesquisa teórico-bibliográfica e documental, utilizando-se do método dedutivo e de análises genealógicas, temáticas, interpretativas e sistemáticas, conclui-se que a interpretação do Supremo Tribunal Federal na ADPF nº 708 desempenha um papel significativo no avanço do constitucionalismo climático no Brasil. Por meio dessa decisão, a jurisprudência brasileira reconhece a natureza fundamental do direito ao clima equilibrado, reforça a importância dos compromissos internacionais e do dever de proteção estatal, e fortalece a supervisão judicial sobre as políticas climáticas e ambientais. Essa abordagem estabelece um cenário propício para o aprimoramento contínuo das políticas e práticas relacionadas às mudanças climáticas no país, contribuindo para um futuro mais sustentável e resiliente.</p> Deilton Ribeiro Brasil Gabriela Oliveira Silva Vasconcelos Lucas Fagundes Isolani Copyright (c) 2024 Revista Direito Ambiental e Sociedade https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-04 2024-11-04 14 1 10.18226/22370021.v14.n1.09 Limitações da competência municipal para instituição de contribuições ambientais https://sou.ucs.br/revistas/index.php/RDAS/article/view/480 <p>No Brasil, com a Constituição Federal de 1988, se tem os pilares de um Estado de Direito Democrático Ambiental. Para a efetividade desta conquista, defende-se a importância da tributação ambiental. No entanto, ao ser exercida tal competência, deve ser considerada a forma de organização político-administrativa federativa e a atual estrutura tributária positivada em nível constitucional e em normas gerais, nacionais. A pesquisa analisa a Lei nº 10.766/09, do Município de Londrina/PR, que criou obrigação para as concessionárias de automóveis plantarem uma árvore para cada carro novo vendido em seu território. Apesar da demonstração de preocupação ambiental do Município, é importante avaliar sua natureza jurídica. Defende-se ser um tributo, da espécie contribuição de intervenção no domínio econômico, cuja competência tributária para instituição é exclusiva da União. Argumenta que, caso caracterizada como imposto, seria igualmente inconstitucional diante da vinculação do produto a sua arrecadação a um fim específico e por ingressar em materialidade de competência exclusiva dos Estados. Sob a perspectiva ambiental, a iniciativa é ineficaz, pois o fundamento de compensar a emissão de CO2 em território municipal não é aplicável, face a constatação de que este tipo de poluição ser transfronteiriço, bem como por serem atingidos apenas carros novos, relegando-se ao campo da não incidência veículos mais poluentes. Sugere a criação de um Comitê Gestor, de caráter nacional, para democratizar a utilização da CIDE para finalidades ambientais.</p> Fellipe Cianca Fortes Marlene Kempfer Copyright (c) 2024 Revista Direito Ambiental e Sociedade https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-18 2024-11-18 14 1 10.18226/22370021.v14.n1.10 O dilema agroquímico https://sou.ucs.br/revistas/index.php/RDAS/article/view/636 <p>Os agrotóxicos são substâncias químicas amplamente difundidas no agronegócio brasileiro e corporificam o projeto de progresso econômico em prejuízo do equilíbrio ecológico. Neste diapasão, o primeiro enfoque da pesquisa busca expor o contexto global e local da necessidade em se utilizar os agrotóxicos sob a perspectiva histórica, além do tratamento jurídico no Brasil, o que irá respaldar um movimento alinhado ao desenvolvimento sustentável enquanto meio de contenção das mazelas advindas dos agrotóxicos. O segundo enfoque da pesquisa consiste na análise qualitativa de atos normativos (leis ordinárias, decretos, medidas provisórias e atos administrativos em geral) relativos aos agrotóxicos e emanados entre 2019 e 2022 no Brasil, perquirindo, inclusive, a posição consolidada do STF por meio da análise de dois julgados. A partir desta mirada crítica, traçar-se-á um referencial ético fundado no princípio responsabilidade de Hans Jonas, a fim de se averiguar em que medida a política de agrotóxicos está (des)alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), notadamente aos ODS 2 e 12. A conclusão aponta para a necessidade da criação de legislação que impeça a comercialização no Brasil de agrotóxicos proibidos nos países de origem e para a criação de políticas públicas efetivas ancoradas no desenvolvimento sustentável, além da aplicação, no âmbito dos três poderes estatais, do princípio precaução, cujo mote constitucional clama pela assunção dos desígnios da responsabilidade.</p> Gabriel de Oliveira Carneiro José Edmilson de Souza Lima Copyright (c) 2024 Revista Direito Ambiental e Sociedade https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-18 2024-11-18 14 1 10.18226/22370021.v14.n1.11 Águas para o desenvolvimento regional sustentável https://sou.ucs.br/revistas/index.php/RDAS/article/view/708 <p>A legislação brasileira, a partir da Constituição Federal de 1988, fundamenta-se na preocupação com a garantia intergeracional do meio ambiente, incluindo a proteção dos recursos hídricos, com destaque para a criação da Política Nacional dos Recursos Hídricos em 1997. A partir dessa política ocorreu a criação de leis que resultaram na estrutura nacional aplicada aos recursos hídricos. Trata-se de uma estrutura organizada, cujas diretrizes servem para nortear e implementar políticas ambientais setoriais a nível regional e local, as quais devem ser exercidas com autonomia. Nesse contexto, este trabalho analisa a legislação hídrica aplicada às nascentes do município do Crato, Ceará, através do panorama da proteção ambiental das nascentes, enfatizando o potencial da legislação existente e a sua perspectiva de melhoria. Trata-se de uma pesquisa exploratória, pautada em uma análise bibliográfica, teórica, que adotou a análise qualitativa de dados e o modelo hipotético-dedutivo. Os resultados obtidos são que o município em tela está caminhando para uma proteção ambiental das suas nascentes, mas ainda demanda investimento interno. Isso pode se dar através do fortalecimento da sua legislação e das políticas públicas ambientais aplicáveis à proteção das nascentes. Atualmente verifica-se que a aplicação da sua legislação ainda é bastante simbólica, carecendo do auxílio de órgãos governamentais estaduais e não governamentais para o exercício da proteção das suas nascentes, se fazendo necessário o fortalecimento legal interno para que o município ocupe um local de destaque nessa proteção.</p> Renata Macêdo Leite Marcelo Martins de Moura-Fé Celme Torres Ferreira da Costa Copyright (c) 2024 Revista Direito Ambiental e Sociedade https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-18 2024-11-18 14 1 10.18226/22370021.v14.n1.13 Atividade garimpeira situada em terra de povos originários https://sou.ucs.br/revistas/index.php/RDAS/article/view/645 <p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo tem como finalidade analisar os limites da atividade garimpeira situada em terras de povos indígenas da Amazônia, a partir do constitucionalismo ambiental latino-americano e da racionalidade ambiental. Assim, orientado pela perspectiva metodológica dialética, a partir de uma análise documental e bibliográfica, objetivou-se descrever a história da busca pelo ouro no território amazônico, o processo histórico de capitalização dos espaços das comunidades indígenas e a atual conjuntura do garimpo na região. O estudo analisa a relação entre o neoliberalismo, a racionalidade moderna e a degradação ambiental, principalmente com a finalidade de precisar as diferenças teóricas entre a racionalidade neoliberal e a racionalidade ambiental. Além disso, foram abordadas as noções de extrativismo, neoextrativismo, pós-extrativismo, bem-viver, direitos da natureza e giro ecoterritorial, sempre que possível promovendo um estudo contextualizado com o sistema capitalista neoliberal e à luz da matriz teórica da ecologia política latino-americana. Por fim, conclui-se que os limites da atividade garimpeira devem estar conectados com a necessidade de se desenvolver uma produtividade econômica pautada na racionalidade ambiental e com a defesa dos direitos da natureza.</span></p> Nelson Camatta Moreira Anna Letícia de Queiroz Montovanelli Wagner Eduardo Vasconcellos Copyright (c) 2024 Revista Direito Ambiental e Sociedade https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-11-18 2024-11-18 14 1 10.18226/22370021.v14.n1.15